sábado, 6 de fevereiro de 2010

" Vento Negro "


Viajo no tempo
meu lar ao relento
no caminho só amizades
peito cheio de saudades

como vento
não fico no mesmo lugar
aporto em todos os portos

em pensamento
transporto-me
onde quero ficar

se marinheiro não sei
nunca me identifiquei
não carrego identidade

pois a cada tempestade
acordo em nova cidade
basta-me um sorriso

convite e aviso
te imaginei assim
gaúcho gaudério

chegando de mansinho
procurando um carinho
embora já sabendo

tua mala de garupa pronta
amanhã te sentirei ausente
vem minha cama quente

estava a tua espera
trazes nas veias sangue
de farrapo chegas leve
como toda primavera


trazes flores nas mãos
na alma trazes guerra
pela manhã ouvirei
do potro só o galope

sem rumo perdendo norte
essa noite terei teu calor
sentirei teu trote mansinho
em lindos galopes de amor

Antonio Campos em 31/10/08.

13 comentários:

  1. que lindo,Antonio! Acabo de voltar das férias praia e encontro POA num FORNO só! E passou tão rápido!abração,tudo de bom,chica

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  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  3. Chica sua presença é importante. De fato aqui o calor é terrível. Mas a rotina continua rssrrsrsr.

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  4. Essa postagem removida por mim apesar de respeitar a liberdade de expressão. Expunha em meu blog e no blog " Renascer" e mais em alguns blogs. Um dialogo só para adultos e que não condiz com os temas aqui postados. Visto que esse blog é lido por pessoas de um outro nível cultural. Ademais crianças como meus netos frequentam esse espaço. Reitero aqui que esse tema postado me faz lembrar fatos acontecidos no antigo GOS. E que trazia por trás de tudo a figura nefasta de um personagem. Fui até o blog referido e constatei que existem lá 9 seguidores e que portanto o autor do referido post deveria expor seu tema a esses seguidores que adultos responsáveis com certeza aceitariam o que aqui foi impresso. Como esse espaço é para pensadores de intelecto voltado para assuntos culturais espero que o fato não repita-se pois que a cada comentário não aceito por mim o mesmo sera excluido. E se por ventura algum dos assíduos frequentadores do meu blog lerem algo que não condiz com os temas postados. Que tenham a certeza de que ainda não li e os meus verdadeiros amigos que sabem meu email me notifiquem. Liberdade de expressão é bem vinda aqui mas para que a mesma tenha legitimidade é preciso que haja ética e moral a altura do que aqui se posta.
    6 d

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  5. "É a possibilidade que me faz continuar e não a certeza. Uma espécie de aposta da minha parte. E embora me possam chamar sonhador, louco ou qualquer outra coisa, acredito que com Deus tudo é possível..."
    Um lindo domingo e ótima semana!
    abraços

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  6. Antonio, adorei a tua argumentação. E também o poema, é claro!!!
    Bjkas, meu querido!

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  7. Oi amigo, que calor né ? rs...
    Vim convidar a conhecer meu novo Blog: http://sentimentos-jacque.blogspot.com/

    Beijo

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  8. Bom Dia, Tricolor. "Viajei" no seu poema. Poeta não precisa de identidade. Sua bela aura e sua alma já o identificam.Parabéns!!!

    Agora...o "vento negro" trouxe alguns fantasmas ao seu blog , também já vi. E sem identidade, também vi. Lamentavelmente infringi meu código de ética, pois sempre prezei a liberdade de expressão.E você sabe que não poderia ser diferente,uma vez que minha profisssão vive dela (da liberdade de expressão). Conclusão,dei um "copy" no comentário e, em seguida, o mandei para o espaço. Além de tomar providências, lógico.

    Um beijo e vida que segue...

    E.T. Um novo seguidor meu (menino ainda) leu o que escrevi no blog e já publicou um post em repúdio ao que nos aconteceu.Solidariedade ainda existe por parte de algumas pessoas.Que bom!!!!

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  9. Poeta castrado não!

    "Serei tudo o que disserem
    por inveja ou negação:
    cabeçudo dromedário
    fogueira de exibição
    teorema corolário
    poema de mão em mão
    lãzudo publicitário
    malabarista cabrão.
    Serei tudo o que disserem:
    Poeta castrado não!

    Os que entendem como eu
    as linhas com que me escrevo
    reconhecem o que é meu
    em tudo quanto lhes devo:
    ternura como já disse
    sempre que faço um poema;
    saudade que se partisse
    me alagaria de pena;
    e também uma alegria
    uma coragem serena
    em renegar a poesia
    quando ela nos envenena.

    Os que entendem como eu
    a força que tem um verso
    reconhecem o que é seu
    quando lhes mostro o reverso:

    Da fome já não se fala
    - é tão vulgar que nos cansa -
    mas que dizer de uma bala
    num esqueleto de criança?

    Do frio não reza a história
    - a morte é branda e letal -
    mas que dizer da memória
    de uma bomba de napalm?

    E o resto que pode ser
    o poema dia a dia?
    - Um bisturi a crescer
    nas coxas de uma judia;
    um filho que vai nascer
    parido por asfixia?!
    - Ah não me venham dizer
    que é fonética a poesia!

    Serei tudo o que disserem
    por temor ou negação:
    Demagogo mau profeta
    falso médico ladrão
    prostituta proxeneta
    espoleta televisão.
    Serei tudo o que disserem:
    Poeta castrado não! "

    (Ary dos Santos)

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  10. Alô Antonio dos Pampas!
    Poeta, eu também fui contemplado com o devaneio eróticodoentio daquela entidade. Mandei pro espaço imediatamente. Que coisa, hein? Quanto mais a gente reza, mais assombrações aparecem! [rsrs]
    Que a vida, então, possa nos trazer apenas os ventos leves e alvos do respeito, da fratenidade e da poesia.
    Grande abraço meu amigo!

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  11. Vento nos leva a misteriosos lugares mas na calmaria aportaremos de volta a vida, paz.

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  12. Que bom te ler de novo!!! Essa eu já conhecia...Linda demais!!!
    Um grande abraço e uma ótima semana de luz!!!

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  13. Valeu Dora de novo visual. Um abraço.

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