Deixe-me vagar no espaço livre sem vínculo sem laço... alma solta como... uma vaga no mar entre o céu e a terra longe do teu olhar Trilhar novo destino sem queixas com sonhos descalço correndo menino e num vôo pelo imaginário momentos que ficaram na lembrança numa fase da vida chamada infância Antonio Campos
Catedral de Porto Alegre
terça-feira, 17 de agosto de 2010
" Mãe Terra "
Junto ao mar
numa noite fria
tentando imaginar
fico a espreitar
uma meia lua nua
num céu de estrelas
um vento forte
vindo lá do norte
deixa-me enjaulado
num jardim de inverno
ouço uivo da natureza
que enfurecida sentida
mostra em cada local
coisas que o homem fez mal
com incêndios águas que matam
também é pedido de socorro
ela sente-se ameaçada frágil
desrespeitada seria só adorno?
assim penso em desatino
lembro-me de manhãs frias
quentes verões quando menino
existem naturais mudanças
mas homens suas ganâncias
sugam da mãe terra leite materno
além da idade de aleitamento
esquecem em todos os momentos
que existe um limite a ser respeitado
dirão todos os técnicos utopia poética
mas pensemos todos com alguma ética
quando não havia assim tanta técnologia
quando as descobertas começaram
tantos homens nasceram se aperfeiçoaram
mas esqueceram quem os recebeu inteira viva
hoje muitas ameaças tantas raças
nesse mundo dito globalizado coitado!
somos mais do que nunca seres a deriva
num planeta que gira também se pira
estamos próximos de mudanças anunciadas
por todos nós ignoradas somos mais egoistas
piramos em busca de eternas conquistas
esquecemos do branco e preto somos coloridos
água e pão uma simples cama mas queremos fama
no sol que nasce na criança sorrindo
retornemos ao pé descalço na relva
no apêrto de mão fujamos dessa selva
façamos depressa mental retrocesso
tentemos não fujamos do progresso
apenas fiquemos de coração aberto
pois que existe tempo e passo certo
sem que sintamos dor para procurar
solução urgente nossa mãe agoniza
nem precisamos de nenhuma pitoniza
sejamos apenas seres humanos irmanados
já que sabemos somos espíritos encarnados
nessa busca pelo aperfeiçoamento
estamos aqui de passagem alias curta
vamos devolver a terra em fragmentos?
Antonio Campos 17/08/10.
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Olá poeta tricolor "praiano", como vai? Lindo seu poema /protesto. Digo lindo por sua sensibilidade. Já não posso dizer o mesmo pelo motivo que o levou e poetar, não é?
ResponderExcluirInfelizmente a mãe natureza está sendo agredida há muito tempo. Ela agoniza agora em razão dos maus tratos.A queimadas estão pelo mundo. Você viu o que o nosso amigo José, de Portugal, escreveu ? O país dele sofre também com essas irresponsabilidades. Lamentável.
Um beijo e meus parabéns pelo talento!
Certamente o futuro vai cobrar o desrespeito à terra...
ResponderExcluirUm grande abraço! Está chegando o dia do niver!!!
Realmente meu amigo gaúcho o mar só lhe beneficiou a alma e quando a alma está bem o corpo corresponde a altura.Parabéns!!Bjs no coração.
ResponderExcluirE AI, CHEFÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO?
ResponderExcluirLindo poema como sempre!!!!
ResponderExcluirHoje que estou tão triste, penso que me ajudou
Um grande beijinho
Áurea